sábado, 3 de outubro de 2015

OS MAIAS - de ontem e hoje - histórico do artista.



(AS EXPOSIÇÕES E AS RÉPLICAS)


Desde minha adolescência, me interessei por duas civilizações antigas: egípcios e povos pré-colombiano - em especial os maias 

Por toda a vida desenvolvi projetos culturais sobre esses povos, expondo sempre réplicas de minha autoria a eles relacionadas nos diversos aspectos de suas civilizações, criando no decorrer de muitos anos,diversas coleções de arte com essas obras.

Durante muitos anos os maias estiveram presentes, porem os egípcios por sua grandeza e mistérios, sempre me absorveram mais neste trabalho.

Em 2007 aproximadamente, o interesse pelos maias aumentou e passei a trabalhar com sua cultura.

Fui então do deserto para a selva; de um povo morto (sufocado através de muitas conquistas por diversos povos que levaram seus costumes e crenças) para um povo ainda vivo que conservou suas tradições, espiritualidade e idioma, apesar do massacre da imposição cultural e religiosa que acompanhou a entrada dos espanhóis no 'Novo Mundo'. Foi o que me encantou, fascinou e me despertou conhecê-los.






(ver OS MAIAS - de ontem e hoje - AS EXPOSIÇÕES)

Nos dias atuais, estou ainda cada vez mais interessado em conhecer a intrigante civilização MAIA, com seu exuberante legado arqueológico, como também aos poucos estou começando a ter contato com seu legado vivo, que são os maias contemporâneo e sua espiritualidade ancestral.

Graças ao estímulo incentivo e apoio de Juan Carlos Romera, que conheci em 2011 em São Paulo, tive a felicidade de poder fazer duas viagens à Guatemala - uma em 2013 e outra em 2017 - tendo assim tido um contato mais próximo com Museus, sítios arqueológicos e com o povo contemporâneo.


Juan Carlos Romera - (Tata Juan)
Nascido na Guatemala. È psicólogao transpessoal.  Sacerdote na tradição Maya K'iche, um "Ajq'ij", ou xamã.  Foi iniciado por Tata Otto Orellana Acajabón, um membro do Conselho de Anciãos Mayas de Guatemala.
Atualmente reside em Madrid, Espanha, e seu foco são a investigação e difusão da Sabedoria Ancestral Maya, organizando viagens aos lugares sagrados na Guatemala, encontros internacionais entre povos indígenas, fazendo conferências e cursosno mundo inteiro.
É fundador e presidente da Asociación Kab'awil, cujo objetivo é apoiar e fomentar o bem-estar comunitário nas aldeias Mayas que ainda conservam suas tradições e conhecimento ancestral.



Ver entrevista com Tata Juan Carlos - 
https://www.youtube.com/watch?v=rY0PJLKpVek

La espiritualidad maya en los tiempo modernos)





Além das exposições - "OS MAIAS de ontem e hoje', trabalho também com réplicas de algumas peças para comercializar no local das exposições e para pessoas interessadas.




Desenho de linha das duas partes que compõe o relevo de jogador de pelota, aqui reproduzido um dos lados e que se encontra no: "National Museum of the American Indian" - New York. 600 - 900 d.C. - proveniente de Corona - Petén - Guatemala.


O joga de pelota fazia parte integrante da vida política e ritual dos maias. Em campo, os jogadores podiam desafiar os deuses das trevas, enfrentá-los e vencer a morte. Não se sabe ao certo quantos eram os jogadores de cada equipe.  O jogo era violento e a bola extremamente dura e pesada, com uns 20 cm. de diâmetro e só podia ser golpeada com os cotovelos, a cadeira e os joelhos.   A partida terminava quando uma das equipes marcava o primeiro gol através de um dos aros de pedra perfuraa no meio das laterais do campo.   Os hieróglifos desenhados diante do rosto do jogador do relevo, mencionam seu nome e um título: "pitzil" (jogador de pelota).

Desde 2013, foram acrescentadas à essa colação que compõe a exposição "OS MAIAS - de ontem e hoje", objetos e itens contemporâneos que trouxe da Guatemala para enriquecer o acervo.
As peças da cultura maia clássica, que compõe o acervo desse projeto, foram todas confeccionadas por mim, tendo por base originais fotografados em Museus da Guatemala, bem como referências encontradas na internet.




Réplica em resina do peitoral descoberto 2015 em "Nim Li Punit" (Belize) - 672 d.C.
O peitoral foi entalhado em jade e tem a forma de um T = "Ik" - que significa vento e respiração. (foi então dedicado ao deus do vento). Os 30 hieróglifos escritos na peça revelam importantes relações rituais e politicas entre cidades maias e seus governantes. A peça foi feita na cidade de Caracol e foi levada para Lim Li Punit (Belize). O texto fala sobre um lord de Caracol que veio para fazer um ritual, participar de um evento de dispersão, uma forma de sacrifício ritual. Seu nome era Janaab K’inich. Ele também fala sobre sua mãe, cujo nome era a Senhora Sagrada, e seu pai também é mencionado aqui.







Nenhum comentário:

Postar um comentário